quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mãe brasileira em Mie-ken tem o filho levado por orgão governamental, um tipo de Conselho Tutelar, e protesta contra o abuso.


Criança brasileira recolhida pelo Jido Soudansho: caso segue sem solução


Vídeo IPC

A mãe teve uma reunião com os responsáveis do caso, mas a situação se complica. Ela pede ajuda da comunidade.

&nbspCriança brasileira recolhida pelo Jido Soudansho: caso segue sem solução
“Pela segurança da criança” – é o que diz o documento _ Cristina (esq), que teve seu filho tirado de dentro de sua casa


A comunidade está acompanhando o caso da brasileira Cristina Kasue Akama, que teve seu filho de 9 anos retirado à força de dentro de sua casa pelos funcionários da entidade Conselho Tutelar, que cuida do bem-estar de crianças no Japão.

Cristina é empresária e diz que não tem problemas financeiros. Em seu profile do Facebook é possível ver fotos de sua família vivendo em harmonia, situação que foi confirmada por muito dos amigos de Cristina. Ela não recebe ajuda financeira adicional do governo por ser mãe solteira, e cria seus 4 filhos sozinha (além do filho que foi levado, ela tem 3 meninas).

Entenda o Caso

No dia 16 de junho (terça-feira) cerca de 10 homens foram à casa de Cristina, e levaram a criança à força, deixando apenas um papel que dizia que o motivo da apreensão havia sido “pela segurança da criança”. A polícia acompanhou o caso a distância.

Ela não pode ter contato com o filho nem saber o motivo que levou à apreensão. Após alguns dias, com ajuda do Consulado de Nagoia, ela descobriu que foi por causa de uma denúncia da escola, em razão de um machucado nas costas da criança. O filho fala japonês e teria dito que se machucou sozinho.

No dia 24 (quarta-feira) ela teve a primeira audiência oficial com a entidade.

Na audiência, os responsáveis da entidade ainda não ofereceram uma solução para o problema. E segundo Cristina, parece que eles querem que ela admita que maltrata os filhos. Mas Cristina disse: “Eu não bato nos meus filhos. E se eu falar isto, seria mentira e minha situação vai piorar. Não sei o que fazer!”. Cristina teme que seu filho seja encaminhado a um orfanato. Não foi marcada uma segunda audiência, o que deixou Cristina mais aflita.

Como ela deve proceder agora?

Conselhos da Advogada brasileira que atua no Japão:

A Advogada Dra. Márcia Regina Arai Tavares Koshiba, que atua registrada no órgão equivalente a Ordem dos Advogados do Japão, está auxiliando Cristina neste caso. Ela é uma das advogadas mais conhecidas entre os brasileiros no Japão.

Segundo a advogada, ela deve buscar todos os meios possíveis para ter seu filho novamente em seus braços. “Aconselhei a fazer um abaixo-assinado, entre as pessoas da comunidade, e levar até o Ministério da Justiça em Tóquio. Assim pode ser que aconteça uma movimentação favorável ao caso.” – disse a advogada.

E ainda, segundo a Dra. Márcia Regina, ela pode estar sendo vítima de uma denúncia por vingança ou infundada, o que pode agravar a situação.

Pedindo ajuda à comunidade
Não há um órgão fiscalizador ou algum lugar para reclamar. Ela já bateu em muitas portas sem sucesso. E caso tiver que entrar com processo judicial, será contra o governo japonês, com chances mínimas de vitória.

Cristina pretende iniciar uma campanha, e pedir ajuda à comunidade, através de um abaixo assinado, ou até mesmo através de uma movimentação que possa reunir pessoas no local, favoráveis a causa.

Ela irá divulgar nos próximos dias sobre o abaixo-assinado, e todos da comunidade que desejarem ajudar estão convidados.

Nota da redação

Nós estivemos pessoalmente com Cristina em um órgão de auxílio a estrangeiros de Mie, que não pode ajudar. Fora este local, ela está correndo por diversos departamentos pedindo ajuda, já consultou com advogados e políticos sobre o assunto. Já faz mais de 1 semana que está longe do filho, e ainda não encontrou solução.



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Comunidade brasileira no Japão e no mundo,
Vamos ajudar Arthur a voltar pra casa


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E-mail: assistencia.nagoia@itamaraty.gov.br. 

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